terça-feira, 4 de janeiro de 2011

MESSI 1 X 0 BRASIL

No apagar das luzes o craque argentino decide o jogo contra a seleção brasileira e comprova porque é o melhor jogador do mundo na atualidade

Duas equipes e um mesmo objetivo: testar jogadores. O amistoso realizado no apoteótico Khalifa Stadium, em Doha, no Qatar, entre Brasil e Argentina foi marcado por caras novas nos dois selecionados. Vitor, Davi Luiz, Elias e Douglas são algumas das apostas do técnico Mano Menezes para a seleção canarinho. Do outro lado, los hermanos também inovaram com nomes como Pastore, Banega, Pareja e Lavezzi. Porém, a esperança de gols vem de nomes bem conhecidos e respeitados no futebol: Ronaldinho Gaúcho e Lionel Messi
No primeiro tempo o jogo não tinha cara de Brasil e Argentina. A catimba e a rivalidade passaram longe.  O Brasil possuía a vantagem de ter em campo a experiência de Ronaldinho Gaúcho, único dentre os jogadores no amistoso com título de campeão mundial. Daí a opção do técnico brasileiro em montar um esquema de jogo que privilegiasse sua habilidade. O camisa 10 da seleção participou da maioria das jogadas perigosas, se movimentou bem e por pouco não fez um gol antológico de calcanhar, aos 21 minutos da primeira etapa. O meia obedecia taticamente às ordens do chefe: ser mais objetivo quanto possível. E isso ele foi. Poucas firulas, boa movimentação, organização nas ligações entre meio campo e ataque e, pasmem, ainda marcava. Confiante e motivado por Mano, Gaúcho se adaptava bem à mobilidade dos atacantes Robinho e Neymar, sem falar da versatilidade de Elias. Era uma seleção diferente da copa anterior, mais envolvente e alegre, um futebol do jeito que brasileiro gosta de ver.

E a Argentina? Bem, a seleção do técnico Batista enfrentava o Brasil com um esquema diferente, porém conhecido dos brasileiros, jogar em função de um craque.  Companheiro de Maradona no mundial de 90, o ex-zagueiro Batista utilizou-se do mesmo recurso vitorioso daquela semifinal para barrar a habilidade brasileira. Na Itália, Maradona foi o carrasco de Lazaroni, em Doha, Messi seria o algoz de Mano. O primeiro tempo no Qatar, assim como foi na Copa da Itália, a estratégia argentina não funcionou. Batista mudou a equipe no segundo tempo, colocando Lavezzi com estilo de jogo semelhante ao de Caniggia, em lugar de Higuaín. A partir de então a seleção argentina equilibrou o jogo e passou a levar mais perigo de gol. O que se esperava era um duelo entre os dois “gênios amigos”. Mas tanto Ronaldinho quanto Messi não despertavam suas genialidades. Ausente de algumas partidas pelo Milan e com pouco ritmo de jogo, Ronaldino Gaúcho cansou e foi substituído por outro novato, Douglas, meio campista do Grêmio. Justamente ele, uma das apostas de Mano Menezes é quem desperta o gênio argentino adormecido.
Aos 46, no acréscimo do segundo tempo, Lavezzi rouba a bola de Douglas, tabela com Messi e o argentino ao seu estilo, “enfileirando” a zaga brasileira, nos fez relembrar de Maradona e nosso eterno pesadelo: jogar bem e perder para um único jogador! Em seu primeiro desafio contra a Argentina o experiente Mano saiu perdendo para o inexperiente Dunga, que na sua estréia frente nossos rivais, no ano de 2006, venceu com um consagrador 3 a zero. Pois é, no futebol, nem sempre experiência é tudo. E vencer da Argentina, amigo, não tem preço...  

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